
Hoje o dia foi marcado pela letargia do sábado de calor e verão. Vontade de ficar imóvel, sem mexer um músculo, nem mesmo pensar... dois banhos gelados para refrescar, mas a moleza acumulada em semanas de trabalho pesado, com desmoronamentos e enchentes na Ilha Grande, Angra e tal, seguido do terremoto do Haiti. Essas coisas na redação são ampliadas para além da resistência dos simples mortais. Imagens, depoimentos, vídeos etc... vão chegando e a gente escolhendo a melhor foto, escrevendo a legenda, fazendo títulos... quem lê tanta notícia? O fim de semana, portanto, foi meu momento de redenção, hora de apagar o peso das preocupações, estresse e tal. Daí a exaustão.

Mas lá pelas tantas, eis que pela janela invade o som de uma banda, daquelas de pracinha do interior, só que com um repertório eclético e interessante, de Bob Marley a Afrosambas, passando por marchinhas de carnaval, Tim Maia, Mutantes e por aí vai... Era o impulso que precisava. Pus a bermuda, o tênis e desci à pracinha do interior que existe aqui em Botafogo (só que em lugar do coreto, uma barraquinha vendendo cerveja e salsichão enfarofado; e em lugar da igreja, um botequim de esquina). Circulei entre a multidão de todas as idades (tinha até um pula-pula para as crianças) dançando, se divertindo, comemorando o verão, a proximidade do carnaval.

No intervalo pediram doações para as vítimas da tragédia no Haiti, o que me fez pensar no contraste das situações. A vida é assim engraçada, incompreensível... e bela, apesar de tudo.

Bem, faço o registro e deixo umas imagens da banda, que se chama Orquestra Voadora. A rapaziada mandou muito bem. Já as fotos, feitas com a câmara do celular, deram nisso aí... A última é de minha janela, olhando a praça das nuvens.