sexta-feira, 10 de abril de 2009
Amigos e botecos em imagens (2)
O Amendoeira ao cair da tarde, numa tarde em que vários amigos se reuniram à sua entrada
Nada mais carioca do que encontrar os amigos no bar. De preferência o da esquina, que é sempre o melhor. O melhor por ser mais próximo, o melhor por ser, na maioria dass vezes, o mais simples. Todo dono de boteco que conheço tem lá sua mania de grandeza. Alguns sonham em reformar o banheiro, outros querem trocar as mesinhas. O senso estético quase sempre insólito. Mas, na maior parte das vezes, o tema é apenas assunto de balcão. Nasce e morre ali.
O chope e a carne seca desfiada são as estrelas do Amendoeira, em Maria da Graça
Os novos bares que estão surgindo, no entanto, têm mostrado em geral um ar tão suntuoso que dificilmente dá pra classificá-los na categoria botequim. Vejam bem, nada contra. São bares onde acontecem shows programados, eventos sociais, como lançamento de disco, e coisa e tal. São espaçosos, iluminados (às vezes excessivamente, como o Chico & Alaíde), decorados e impecáveis no serviço. Ótimo. Vamos ver o novo show do Moa, vamos conhecer o novo livro do Marcelo Moutinho. Mas no dia seguinte, de bermuda e sandália, não deixemos de ir à esquina, encontrar os amigos da vizinhança, pedir uma gelada e comentar o futebol e a política e admirar as belas que passam, alheias, em frente ao bar. Se der fome, atacar o prato da casa.
Baiano diante de uma rabada e ampolas geladas no Bar do Paulinho, em Higienópolis
É a idéia de estar à toa que me comove e atrai para essas casas. A idéia materializada do ócio criativo (quantas idéias sensacionais, quantos projetos não surgem nesses lugares?) e, o que é melhor, compartilhado com amigos e mesmo desconhecidos. Bem, como disse no post anterior, as fotos expostas aqui são, na maioria das vezes, de momentos em que esse sentimento estava presente, assim como os amigos.
A bela Isabel de Luca na Adega Tudo do Mar, na Ilha. O bar pode não ser grande coisa, mas a Isabel...
Balcão do Real Chope, em Copacabana. Botequim de esquina e excelente chope
Codorna do Feio, no Méier. O nome diz tudo, tanto em relação à qualidade da codorna na brasa, quanto à beleza natural do dono, o cearense Sebastião de Souza
O Bar da dona Maria, na Muda, me lembra carnaval, samba e Moacyr Luz
Juninho, da Adega da Velha, em Botafogo. Reparem nas cachaças à direita
Denise Lopes sapecando azeite em seu risoto transmontano, no Bar do Serafim, em Larangeiras
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6 comentários:
Paulo,
Já bebi em alguns desses bares e não concordo com o nome "Codorna do Feio". O Tião é horrível, tinha que ser "Codorna do Horrendo". Que buteco!!! Que buteco !!!
Só acho que ali já não é Méier, aquele pedacinho de céu é no Engenho de Dentro.
Saúde,
Salve Casé, valeu pela correção. Achei que ainda Méier ali. Ainda me lembro bem do cheiro de fuligem de churrasco. Que esquina, né?
Paulo,
Depois da pelada matinal no tão machucado Várzea Country Club, é a parada mais que obrigatória para a resenha. E aquela costelinha é de doer.
Saúde,
Posso imaginar, meu querido! Depois da pelada, com aquela sede de anteontem, o primeiro gole da cerveja é algo sublime, não é mesmo?
caraca, que viagem esse post, me perdi! e nem bebo mais! hic!
Haja fígado!
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