sábado, 5 de novembro de 2011

Desbuscando

Queda-se imóvel em pleno voo
Improcura, delirante, o racional
Perde-se de si em plena luz
e refaz a alma, renascendo

Todos os sonhos desmancha
Regozija-se em descontentamento
Tristonho riso que apazigua
Sentimentos em desmistérios

Desfala o retumbante grito
Um novo idioma inventa
Em que, do silêncio aflito,
Desbusca a infinda infância

Rio, novembro 2011

4 comentários:

Anônimo disse...

Que poema
mantém a forma
um quarteto meio trova
claro que tem ritmo e algumas lembranças de rimas
mas o conteúdo é totalmente destruido.
É um poema desconstruído
ainda bem que tem infância e coração na temática
assim seria o fim do poema
ainda não apareceu um poeta
que colocasse fim ao poema
tentaram a la Fukuyama
mais poemas como o teu enriquece com certeza a história da poesia.
Amei seu blog. Quero segui-lo não sou poeta apenas caço versos destruidos.

Luiz Alfredo
poeta

ipaco disse...

Querido, Luiz Alfredo, seja bem-vindo. Na verdade também não me sinto poeta, pois que a poesia é um troço dos mais difíceis, Apenas brinco aqui um pouquinho, ensaiando uns versos. Mas lendo sua análise, fico animado a seguir adiante. Abração!
paulo thiago

solanger disse...

Tambem gostei e muito.

ipaco disse...

Baleu, Solange!