Se a Alemanha levar a Copa, será com justiça. Estou torcendo agora para o Uruguai, para manter o título entre os sul-americanos. Por outro lado, Espanha nunca venceu uma Copa, isso manteria as outras seleções ainda longe do desempenho do Brasil. A Alemanha será tetra, se vencer na África do Sul, como todos sabemos.
Ontem até esbocei uma simpatia pelo time de Maradona, após a eliminação do Brasil, mas ouvi na CBN que em Buenos Aires os portenhos comemoraram a derrota do escrete canarinho como se fosse uma vitória argentina... Tomei então a decisão de torcer pela Alamanha e secar o time de Maradona. Deu certo. Um chocolate de 4 a 0. Somos, afinal, latino-americanos, filhos do continente América e nos devoramos mutuamente em respeito e desdém. Os europeus, com sua civilização triste, torcem por uma vitória do continente.
Quanto à derrota do Brasil, não vou chutar cachorro morto. O que tinha a dizer, disse aqui antes do início da Copa. Mas temos que tirar o que há de positivo nisso: o fim do futebol pragmático e de resultados, o fim da era Dunga. Assim, como em 82, a pior derrata brasileira foi dar vez a essa lógica norte-americana do vencer ou vencer, de qualquer jeito, na retranca, nos pênaltis... agora, talvez os dirigentes entendam que se quiserem que o Brasil ganhe qualquer coisa, o melhor caminho será seguir aquilo que ele tem de melhor: a criatividade, o sensacoinal, o fora de série.
2 comentários:
chutar cachorro morto é mesmo uma imagem terrível. mas a seleção dunga virou mesmo "cachorro morto", à merce das mais indignas pisadas...
Pois é... e agora, que a final ficou entre Espanha e Holanda, é preciso torcer pela fúria espanhola, pois seria uma injustiça histórica a Holanda, que colonizou a África do Sul, e fomentou o Apartheid, vencer justo lá, não é mesmo?
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