quarta-feira, 27 de maio de 2009
Naná Vasconcelos
Naná Vasconcelos, na foto copiada do blog do Bruno
Amigos, o Bruno Ribeiro, amigo de blog, jornalismo e botequim, fez uma belíssima entrevista com o percussionista Naná Vasconcelos, certamente um dos maiores percussionistas do mundo. Abaixo a introdução feita pelo Bruno e o resto da entrevista segue aqui, em seu blog. Conheci Naná em 1978, quando morava em Nova York. Ele tocou com meu pai, Gaudencio Thiago de Mello, que é compositor e percussionista e vive lá desde meados dos anos 60, e com meu primo Manduka, com quem gravou um disco antológico em Paris, quando Manduka estava exilado. No disco, meu primo vai de violâo, congas e charango e Naná com seus variadíssimos instrumentos.
Tinha 18 anos nessa época e conheci umas figuras geniais com o falecido percussionista Dom Um Romão, o trompetista Claudio Roditi, entre outros. Na casa do velho, um apartamento pequeno em Manhattan, rolava jam sessions quase todas as noites. Naná e meu pai fizeram vários shows pequenos por Nova York, mas o mais legal mesmo foi uma apresentação que os dois fizeram, numa época de grana curta, numa escola de segundo grau (high school) no Harlen. A molecada ficou louca com aqueles ritmos todos.
Nas jams na casa do velho, tudo era gravado em fita rolo. Tem gravações históricas, como Gilberto Gil tocando, com o velho e Dom Um, o hoje clássico Oriente, em 1972. Tem também gravações com Hermeto, Flora Purim e Airton Moreira, o maestro Moacir Santos, entre outros. Dessas fitas, algumas coisas nós passamos para digital e hoje tenho em CD quase uma hora de Naná tocando berimbau.
Entrevista # 8 — Naná Vasconcelos
Por Bruno Ribeiro
Percussionista, compositor e produtor, Naná Vasconcelos é um dos artistas mais interessantes da música brasileira. Nascido em Recife, no dia 2 de agosto de 1944, Naná veio ao mundo respirando maracatus e cirandas. Começou a tocar bongô em cabaré. Na adolescência, envolveu-se com as músicas de Heitor Villa-Lobos e Jimi Hendrix. Dotado de uma curiosidade imensa, aprendeu a tocar praticamente todos os instrumentos de percussão. Mas foi mesmo o berimbau que o notabilizou como grande artista. Desde 1970, quando passou a atuar nos Estados Unidos e na França, tem desenvolvido um singular trabalho de vanguarda. Dentre seus discos mais conhecidos estão Áfricadeus e Amazonas. Na entrevista abaixo, Naná Vasconcelos fala sobre sua relação com o berimbau, a identidade da música brasileira e a sua infância em Recife.
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6 comentários:
Grande história a sua, companheiro! Não sabia que você era filho do Gaudencio! Obrigado pela citação e pelo link. Putabraço!
Salve, Bruno. Maneiro mesmo foi sua entrevista com o Naná. Muito legal, mano véio. Abs.
Que privilégio, hein, Paulo! Não apenas por ter tido a oportunidade de conhecer figuras fantásticas da nossa música, mas principalmente por vir de uma linhagem que fala baixo. Pai e tio que dispensam apresentações, a cultura amazônica correndo nas veias, que privilégio. Bendita hora essa em que o Bruno postou a entrevista que fez com o Naná, que além de ótima acabou nos ajudando a fazer essa descoberta.
Marcelo, obrigado. Realmente devo admitir que sou fã do meu pai e do meu tio, assim como do Manduka, meu primo. Mas sou muito suspeito para poder dizer isso. Outro dia fiquei emocionado com a publicação de um poema do Thiago pelo Fernando Szegeri no seu blog (link abaixo) e um comentário de uma blogueira sobre a participação do Thiago no documentário sobre o Zé Lins do Rego. Enfim, fico feliz que a arte deles continue chegando às pessoas. Abração. pt
Terminei o jornal!
Tô exausta. E sábado deve acontecer um desses encontros mágicos. Ai-meu-coração.
Um beijo.
plazajornal.blogspot.com
Maravilha, menina! Estou orgulhoso de você. Sem bem o que é esse cansaço, depois de editar e passar horas na gráfica, checando tudo...
Se puder me mandar um pelo correio, ficaria feliz. Mas lembre-se que me mudei: Rua da Passagem, 114 ap. 1507. Botafogo, RJ, cep 22290-030.
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